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PRÉ-MODERNISMO/ESCRITORES E OBRAS LITERÁRIAS
PRÉ-MODERNISMO/ESCRITORES E OBRAS LITERÁRIAS

 

 

O PRÉ-MODERNISMO NO BRASIL


Período Cultural de 1902 a 1922


          O Pré-Modernismo iniciou nos

primeiros anos do século até 1922,

quando ocorreu a Semana de Arte

Moderna, marco que assinala o início do

Modernismo no Brasil.



          O Pré-Modernismo não constitui

uma escola literária, mas um momento

de transição entre a tradição literária do

século XIX e a sua ruptura radical,

ocasionada pelo advento do Modernismo.


CONTEXTO HISTÓRICO


DO PRÉ-MODERNISMO NO BRASIL


O BRASIL DO INÍCIO DO SÉCULO
 

PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS POLÍTICO-SOCIAIS

 

REVOLTA DA VACINA  -  RIO DE JANEIRO

  * Guerra de Canudos (Bahia, 1896-18970);
   * Revolta contra a vacina obrigatória (RJ,1904);
   * Revolta de Chibata (Rio de Janeiro, 1910);
   * Levante de Juazeiro (Ceará,1911-1914);
   *Revolta do Contestado(Santa Catarina,1912-1916)

  *As duas greves gerais de operários (São

Paulo,1917-1919).


 

GUERRA DE CANUDOS

 

 

REVOLTA DE CHIBATA -  RIO DE JANEIRO

 

 

 

REVOLTA DE JUAZEIRO  -  CEARÁ

 

 

GUERRA DO CONTESTADO

 

GUERRA DO CONTESTADO

GUERRA DO CONTESTADO - SANTA CATARINA

 

 

 

AS DUAS GREVES DE OPERÁRIOS - SP

 

 

          No Pré-Modenismo encontramos ainda escritores românticos, parnasianos, realistas e simbolistas. Contudo, alguns poucos, desligados de escolas literárias, passaram a expor em suas obras uma visão crítica dos problemas brasileiros. Entre esses escritores, destacamos:

 

EUCLIDES DA CUNHA, em sua obra "Os Sertões", expõe os problemas do sertão, a existência de vários Brasis que ainda não foram descobertos.


GRAÇA ARANHA, na obra "Canaã", aborda os problemas dos emigrantes europeus, especialmente os alemães.


LIMA BARRETO, numa linguagem simples, enfoca os problemas dos operários do Rio de Janeiro, dos moradores dos subúrbios e das favelas.


MONTEIRO LOBATO, preocupado com o progresso do Brasil, faz-nos refletir sobre problemas brasileiros, como a saúde, a instrução, a situação do caboclo, entre outros.



AUTORES E OBRAS


PROSA


LIMA BARRETO

( 1881-1922 )



          Afonso Henriques de Lima Barreto nasceu no Rio de Janeiro em 1881. Mestiço de origem humilde, frequentou durante cinco anos a Escola Politécnica, onde sentiu o peso do preconceito. No jornalismo, sua ironia e sarcasmo encontraram um primeiro veículo de expresão.

          Em 1910 o Jornal do Comércio começou a publicar, em folhetins, Triste fim de Policarpo Quaresma. Em 1914, começaram as alucinações alcoólicas que obrigaram a família a internar o escritor no hospício da Praia Vermelha. No dia 1º de novembro de 1922 morreu Lima Barreto.


OBRA

Romance: Recordações do escrivão Isaías Caminha (1909);

                 Triste fim de Polocarpo Quaresma (1911- em folhetim e 1915

                  em livro);

                 Numa e Ninfa (1915);

                 Vida e morte de M.J.Gonzaga de Sá (1919);

                 Clara dos Anjos (1948).

Sátira:  Os Bruzundangas (1923);

            Coisas do Reino do Jambom (1953).

Conto:  História e sonhos (1920).



EUCLIDES DA CUNHA

(1866-1909)


         Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha nasceu em Cantagalo, no estado do Rio de Janeiro, em 1866. Seguiu a carreira de engenheiro militar, que abandonou em 1896. Foi para São Paulo, de onde sairia no ano seguinte como correspondente do jornal O Estado de S. Paulo, incumbido de fazer a cobertura da Guerra de Canudos. Dessa cobertura jornalística resultou uma obra-prima: Os Sertões, publicado em 1902, e marco inicial de nosso Pré-Modernismo.

          O sucesso da obra conduziu o escritor à Academia Brasileira de Letras. Por questões familiares, foi assassinado no Rio de Janeiro em 1909.


OBRAS:  Os Sertões (1902);

               Peru versus Bolívia (1907);

               Contrastes e Confrontos (1907);

               À margem da História (1907).



MONTEIRO LOBATO

(1882-1948)


          José Bento Monteiro Lobato nasceu em Taubaté (SP) em 1882. Estudou Direito em São Paulo, ingressando posteriormente no ministério público, exercendo o cargo de promotor numa cidade do Vale do Paraíba. Mais tarde tornou-se fazendeiro e editor de livros.

          Em 1917 tornou-se personagem central de uma polêmica que abriria caminho para o Modernismo. A pintora Anita Malfatti, recém-chegada da Europa, onde a arte vivia um intenso processo de renovação, expôs sua obra vanguardista em São Paulo. Lobato reagiu violentamente, através do artigo de jornal intitulado "Paranóia ou mistificação?". Monteiro Lobato morreu em São Paulo, em 1948.


OBRAS

CONTOS: "Urupês" (1918);

                "Cidades Mortas" (1919);

                "Negrinha" (1920).

           Escreveu a obra infanto-juvenil "O Sítio do Picapau Amarelo".

            Publicou ainda crônicas, artigos e ensaios.


Urupês e Cidades

Mortas são livros de contos que retratam a linguagem e os costumes interioranos, quase sempre com intenção satírica.


         Em "Urupês", criou a figura de Jeca Tatu, símbolo de nosso caboclo.



          "Cidades Mortas" tem como pano de fundo as decadentes  cidades paulistas do Vale do Paraíba durante o declínio da atividade cafeeira.

           Esse interesse em captar o cenário e o homem regionais revela a persistência do regionalismo em nossa literatura.

               Nessas obras percebe-se o Lobato crítico, para quem certos hábitos brasileiros eram insuportáveis: a supervalorização de tudo que era estrangeiro; o nacionalismo cego; a falta de consciência política do povo. Em termos de linguagem, a aspiração maior de Lobato foi aproximar o texto literário da fala coloquial.

              


POESIA

                      

               AUGUSTO DOS ANJOS

( 1884 - 1914 )


  


          Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos nasceu no engenho de Pau-d' Arco, na Paraíba, em 1884. Depois de ter-se formado em Direito na Escola de Recife, exerceu a promotoria e o magistério.

          Em 1912 foi publicado o livro EU, em edição financiada pelo poeta e seu irmão. Nomeado diretor de um grupo escolar em Leopoldina (MG), o poeta morreu poucos dias depois de ter assumido o cargo.


OBRA

           "Eu" ( 1912 )


            A essa única obra, constituída de sonetos e de 58 poemas longos, foram-se agregando mais tarde outros poemas.



                                   Escreveu ainda crônicas para jornais.


               

         O poeta Augusto dos Anjos incorpora em sua linguagem os termos da ciência da época e trata de temas incomuns na literatura brasileira.  

        

TEMAS FUNDAMENTAIS DA POESIA


* DECOMPOSIÇÃO, PODRIDÃO,

RELACIONADOS AO AMOR, AO SOFRIMENTO E À MORTE.


NESSE TERRENO, MOVE-SE


* O VERME, AGENTE DA DESTRUIÇÃO

A QUE ESTÁ SUJEITO TODO O UNIVERSO.


UM CRÍTICO CHAMOU SUA OBRA DE "POESIA DE NECROTÉRIO".